Aquecia a chaleira no fogão, o vapor nublava minha visão;
Sempre dizia que seria por pouco tempo, tempo construído, que não faz mais sentido;
Agora não sei que dia é, ou quanto tempo faz.
Contávamos as histórias, revigorávamos nossos tempos de glória.
Sua risada viva só encontro nos sonhos,
Frios e gelados, após a meia-noite.
É difícil te levar por todos os lugares, as pernas fracas já não conseguem empurrar a cadeira.
Estamos presos nas fotografias, imagens fieis?
Sempre me pergunto o que é a memória, se é real ou imaginação. A sua opinião? Não, não...
Só o ouviria reclamar.
A filosofia nos leva e nos condena a sempre pensar. Minha cabeça bem que queria descansar.
Nossos contos dormem e viajam nas paredes da casa sobre a colina, lá fora nossas frases e passos quase apagados no meio da grama, do meio do pasto entre o gado.
Nunca mais irei acordar as 4:00 hrs. Embora você insista, eu nem te sinto presente na cama quando acordo.
Te perco na colina estática.
No horizonte imperceptível das noites da alma.
