quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Minds Eye ...



Um momento de olhos voltados ao passado.
Não há nimguém na vidraça,
e a sala está vazia.
Mas está bem assim,
do jeito que queria.
O dia foi.
Ele se foi pela janela.
Quando o sol voltar,
nossas mentes vão brilhar.
Queria esquecer.

E ao menos por um dia não ser.
 
Fadiga...

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

À Carlos Marighella

Seja o que for que a liberdade realmente seja, ela representa muita coisa, e em vários níveis. Algumas pessoas dão a sua vida pelo sonho da liberdade, liberdade social, democracia, autonomia, direito à expressão.

Liberdade todos temos e todos não temos.
Livre arbítrio? Quem sabe em partes nós realmente possuímos ao menos na nossa sociedade contemporânea.
Este post é uma singela homenagem à Carlos Marighella, um homen que acreditou na liberdade e que morreu por ela.



O país de uma nota só

Não pretendo nada,
nem flores, louvores, triunfos.
nada de nada.
Somente um protesto,
uma brecha no muro,
e fazer ecoar,
com voz surda que seja,
e sem outro valor,
o que se esconde no peito,
no fundo da alma
de milhões de sufocados.
Algo por onde possa filtrar o pensamento,
a idéia que puseram no cárcere.
A passagem subiu,
o leite acabou,
a criança morreu,
a carne sumiu,
o IPM prendeu,
o DOPS torturou,
o deputado cedeu,
a linha dura vetou,
a censura proibiu,
o governo entregou,
o desemprego cresceu,
a carestia aumentou,
o Nordeste encolheu,
o país resvalou.
Tudo dó,
tudo dó,
tudo dó...
E em todo o país
repercute o tom
de uma nota só...
de uma nota só...
autoria de Carlos Marighella (1911-1969)
Mais informações sobre Marighella, sua vida e obra no site:
Acredite na Liberdade!

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Existe livre-arbítrio?

"O homem é bom por natureza, é a sociedade que o corrompe."
                                                                                          Rousseau


          Realmente somos corrompidos?

          Até que ponto existe o livre-arbítrio? Até onde somos seres criativos e que controlam suas próprias vidas e até onde somos coagidos pela sociedade?
          Será que fomos “educados” a pensar de determinadas maneiras e a agir de determinado modo?
          Pensamos o que pensamos ou pensamos o que a sociedade pensa?
          Para Durkheim a sociedade possui uma “firmeza” comparável a uma estrutura de um ambiente material. Ela restringe nossas vidas de forma paralela estabelecendo limites nas nossas atitudes.
         Muitos críticos contestam esse pensamento. Eles vêem que a sociedade é um aglomerado de indivíduos interagindo entre si de diversas maneiras. Não somos criaturas da sociedade, mas sim, os criadores desta.

       
Se criamos a sociedade assim, então talvez, não tenhamos nascidos bons, e sim, sejamos desde o ínicio o que sempre fomos , a sociedade é só um reflexo de nós...




?

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

O que é a liberdade?

         
         
         Liberdade, Igualdade e Fraternidade...

         No iluminismo surge o conceito de liberdade como sinônimo de livre arbítrio, definição de Descartes. Este conceito estava diretamente relacionado com o homem burguês. Os seres humanos são diferentes dos outros seres vivos, por isso não necessitam agir de acordo com as leis de causa e efeito da natureza, eles com seu livre arbítrio, agem segundo suas próprias escolhas. Então todos os seres humanos são livres, e se todos são livres, todos são iguais.
         Mas essa autonomia e livre arbítrio exigem certos recursos, e então surgem as primeiras contradições, só é livre o homem burguês, que possui autonomia, então nem todos os homens são iguais.


Mas e agora? Qual o conceito atual de liberdade? Será que há um?

Todos nós possuímos livre arbítrio? E em que nível é que ele se expressa?

São tantas as questões que surgem para nos atormentar, será possível respondê-las?


Nota: Essas aulas de Ciência política estão me inspirando!

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Para Refletir

Trecho do Livro A Imaginação Sociológica de Wright Mills publicado originalmente em 1959
Traduzido por Waltensir Dutra e publicado no Brasil em 1965
Cap 9 Da Razão e Liberdade
p 180-181

            Hoje em dia os homens buscam em toda parte, saber onde estão, para onde vão, e o que -se houver alguma coisa- podem fazer sobre o presente como história e o futuro como responsabilidade. Tais questões não podem ser respondidas de uma vez por todas. Cada período proporciona suas prórprias respostas. Mas agora, para nós, há uma dificuldade. Estamos no término de uma época, e temos de encontrar nossas próprias respostas.
            Estamos no fim do que se chama Idade Moderna. Tal como a Antiguidade foi seguida de vários séculos de ascendência oriental, que os ocidentais provinciamente chamam de período de trevas, assim a Idade Moderna está sendo seguida de um período pós-moderno, ao qual talvez, possamos dar o nome de Quarta Época.
            O fim de uma época e o começo de outra é, na verdade, uma questão de definição. Mas as definições, como tudo o que é social, são históricamente específicas. E nossas definições básicas da sociedade e do eu estão sendo superadas pelas realidades novas.



Será que muita coisa mudou dos anos 50/60 pra cá? Ou ainda estamos perdidos e  vemos nossos valores se transformarem constantemente?

Liberdade e Limite

Não ao radicalismo! Porque podemos ser sensatos e não dominar uns aos outros.
E no meu mundo, as coisas tem tato!
Não há doutrina que dure, verdade que persista, no fim das contas, apenas soma-se as ações,
É quando nós rimos uns dos outros!
Podemos simplesmente ir e vir!
Liberdade, é a única coisa que conta, seja livre!