quarta-feira, 29 de junho de 2011

Chá para um

Sentado a horas
em frente a tela
o chá quente para aquecer os dedos que digitam

Como queria lembrar
agora aquela imagem borrada, mas bem amada
de um dia que o sol batia aos olhos
mas agora tão nebulosa
quase apagada

Pânico, pane na memória
O chá é para um só
Somente e apenas

A luzes apagam
No cobertor tenta encontrá-lo
mas não há nada
Nas roupas tenta senti-lo
mas não há nada

Apenas um delírio
que veio um dia
e agora se desmanchou

O chá esfria
a caneca fica
agora no chão
com o despertador desligado

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Mas Vênus nem vai lembrar

É o meu Sol quem vai chorar
Se você nunca mais voltar.
A Lua ainda vai brilhar
e Mercurio muito animar

Vênus nem vai lembrar
mas o meu Sol, nunca vai passar.
E não importa o que seja feito
para sempre na velha caixa vai estar;
e nao poderá voltar
e mesmo que se queira
também nunca irá.

Mas Vênus nem vai lembrar
e Lua vai sonhar;

Agora as palavras quentes são outras
e o vento frio que bate lá fora
vem cheio de afeto;

E aquele seu perfume
a noite vai ocupar
nas cobertas e nas roupas
você vai ficar.