domingo, 24 de abril de 2011

Sem passado

Agora ela não tem nenhum passado
a estranheza do ontem
nem na face se encontra.

Sem passado agora a garota busca
completar as palavras que antes faltaram
com a matemática na mão e a química da afeição.

Sem passado
Sem traços

Sem espelho
Sem estrofe

No quarto um vazio,
No coração o calafrio
Com a matemática nos olhos, ela pode mudar o olhar do presente

Por realidade a própria hora,

Relógio do tempo preso no guarda roupa
Marcação e fotografia cinza da ilusão agora ela abriu mão.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Violeta













O peso da mão sobre o papel,
Rasga todo o meu véu*,
Por dentro e por fora.

É violeta a cor da flor que observa.
Não se movimenta e nem tenta,
Basta observar atenta.

Se a caneta não me escrever mais,
Eu nem vou sentir
É só mais um dia e um fim.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Desnorteado

Foi naquela manhã que percebi
que o meu norte já não estava ali.

Partiu enquanto eu dormia
bem que ele dizia
que a mim ele não mais queria;

Juntei as pétalas
e as coloquei no lugar
mas os cacos de vidro, eu não pude colar

O sol bateu forte na janela
E eu pude sentir
Que agora já podia ressurgir

Eu vou te encontrar
e vou te dizer
que te querer é me perder

E é a mim que eu prefiro ter!