quinta-feira, 13 de maio de 2010

Sozinho na memória

Naquela casa sobre a colina, onde a neblina não alcança.

Aquecia a chaleira no fogão, o vapor nublava minha visão;


Sempre dizia que seria por pouco tempo, tempo construído, que não faz mais sentido;

Agora não sei que dia é, ou quanto tempo faz.

Contávamos as histórias, revigorávamos nossos tempos de glória.


Sua risada viva só encontro nos sonhos,

Frios e gelados, após a meia-noite.


É difícil te levar por todos os lugares, as pernas fracas já não conseguem empurrar a cadeira.

Estamos presos nas fotografias, imagens fieis?

Sempre me pergunto o que é a memória, se é real ou imaginação. A sua opinião? Não, não...

Só o ouviria reclamar.


A filosofia nos leva e nos condena a sempre pensar. Minha cabeça bem que queria descansar.


Nossos contos dormem e viajam nas paredes da casa sobre a colina, lá fora nossas frases e passos quase apagados no meio da grama, do meio do pasto entre o gado.


Nunca mais irei acordar as 4:00 hrs. Embora você insista, eu nem te sinto presente na cama quando acordo.

Te perco na colina estática.

No horizonte imperceptível das noites da alma.