Sentado a horas
em frente a tela
o chá quente para aquecer os dedos que digitam
Como queria lembrar
agora aquela imagem borrada, mas bem amada
de um dia que o sol batia aos olhos
mas agora tão nebulosa
quase apagada
Pânico, pane na memória
O chá é para um só
Somente e apenas
A luzes apagam
No cobertor tenta encontrá-lo
mas não há nada
Nas roupas tenta senti-lo
mas não há nada
Apenas um delírio
que veio um dia
e agora se desmanchou
O chá esfria
a caneca fica
agora no chão
com o despertador desligado
Um comentário:
Nossa... Profundo, solitário, compreensivo, os objetos descritos me transportaram até lá.
ótimo poema como sempre. Beijos
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